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Maldita Insuficiência.

A sensação de não ser bom o suficiente acompanha muitos de nós. Seja no trabalho, nos relacionamentos e até mesmo como pai, como mãe, como filho. Duvidar da gente mesmo faz parte e ter essa percepção em um ou outro âmbito da nossa vida, pode inclusive nos impulsionar para sermos ainda melhores. Mas às vezes, essa percepção nos acompanha em cada célula do nosso corpo e nos faz acreditar que nunca somos bons o suficiente em absolutamente nada – o tempo todo!


- Encontrei o emprego dos sonhos no LinkedIn, mas “isso não é para mim, eu nunca vou conseguir, olha quantos candidatos já tem...”


- Há meses encontrei quem eu sempre sonhei como minha parceira, mas “ela nunca vai querer nada comigo, olha como ela é legal...”


- Sempre quis ser mãe, mas “olha pra mim, com certeza eu não daria conta...”


Consegue imaginar como é viver assim? Por mais que tu te dedique, por mais que tu queira, mesmo se desdobrando em cinco, ainda não está bom o suficiente!


Consegue sentir essa dor? E como pode ser paralisante? Como pode ser exaustivo?


Geralmente, quem tem essa percepção sobre si mesmo(a) não reconhece os próprios méritos. Seus amigos, colegas, familiares tentam acolher seu sofrimento, ao mesmo tempo que não conseguem compreendê-lo.


A vida segue acontecendo e o indivíduo segue sobrevivendo sentindo, por vezes, que está deixando algo pra trás, como se estivesse abrindo mão das oportunidades que a vida dá. E a verdade é que está! Não só está abrindo mão das oportunidades, mas também de si mesmo(a), através de uma espécie de abandono velado, que te coloca não em segundo, mas em último lugar.

Na terapia, ajudamos o indivíduo a identificar de onde vem essas percepções e quais são as estratégias de enfrentamento que ele tem utilizado a vida toda. Reconhecemos quais destas estratégias o colocam em situações de maior sofrimento e ajudamos a desenvolver novas habilidades, a fim de ampliar seu repertório de escolhas. Através da terapia, o indivíduo aprende a ressignificar seus pensamentos disfuncionais e a modificar seus comportamentos desadaptativos.


Perceber e reavaliar as interpretações que fez e faz de si mesmo(a) não é uma tarefa fácil. Exige coragem e muito esforço para questionar tudo o que aprendeu durante uma vida toda e, muitas vezes, a ajuda profissional é fundamental nesse processo.


Cuide do seu bem mais precioso – você!


Ah, e nunca se esqueça: ninguém é suficientemente BOM EM TUDO, assim como ninguém é suficientemente BOM EM NADA.

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